´Ozempic natural´, vapes e outras trends que ameaçam a saúde pública
Isabela Pimentel*
É natural, pode usar’. Quantas vezes não vemos posts e conteúdos assim em nossos feeds?
A recomendação de produtos ‘milagrosos’ por perfis de influenciadores em algumas redes sociais não é novidade, mas vem crescendo e fazendo o tema ganhar destaque nas ‘trends’, ou seja, assuntos que se tornam virais nas redes e plataformas sociais. E isso inclui desde fórmulas até os chamados cigarros eletrônicos, tão populares entre influenciadores jovens.
Leia mais...O Brasil entra na segunda semana em regime de quarentena, com as grandes cidades desertas. Educação, serviços, shoppings; atividades industriais e comerciais em sua maioria parados, no maior ou, talvez, no primeiro “lockdown” da história do País. Levará anos para se avaliar e dimensionar os efeitos dessa interrupção da vida social e econômica no Brasil e no mundo. Como se nosso dia a dia estivesse transcorrendo como um filme e ele fosse interrompido abruptamente por um “PAUSE”. Sensação de vazio, de impotência diante da ameaça do vírus, principalmente pelo que vem acontecendo em outros países, alguns com um bom sistema de saúde e acostumados a guerras, atentados e desastres naturais.
Análise da crise do Coronavírus
A Coreia do Sul tem sido apontada por todos os especialistas, epidemiologistas e demais médicos do mundo como um modelo de gestão da crise do coronavírus. Além da cultura oriental, sempre muito mais disciplinada do que a ocidental, a Coreia do Sul teve anos atrás outras ameaças, como as epidemias da Sars, Mers (2015), e até da zika. Pela proximidade da China, prevenção de doenças transmissíveis já se incorporou ao dia a dia do coreano. Esse foi um fator importante nas ações determinadas pelo governo para impedir a propagação do coronavírus.
O jornal britânico The Guardian publicou hoje um Editorial, onde chama a atenção para o risco de faltar liderança e o governo britânico perder o controle do combate ao coronavírus. Mais ou menos o que aconteceu na Itália. E alerta: "há mais riscos, do que parecerão retrospectivamente complacência e falta de preocupação com sacrifício igual do que o futuro político de Johnson". "O país precisa de liderança firme - e precisa agora." Muitos preceitos lembrados pelo The Guardian cabem como uma luva na crise brasileira do coronavírus.
O mundo sofre, em alerta total, uma crise na área da saúde, mas que tem impactos decisivos no âmbito econômico, politico e social. A forma como alguns países, sobretudo os mais desenvolvidos, estão administrando a crise do coronavírus poderá determinar o sucesso ou o fracasso de políticas públicas, com repercussão na economia e até mesmo na política.
Em 16 de agosto de 2018, diante do desprezo, dos ataques e das pressões de Donald Trump sobre a imprensa de modo geral, e principalmente a dos EUA, cerca de 400 publicações de todo o mundo responderam à chamada feita pelo jornal The Boston Globe* para denunciar o que eles chamaram de a "guerra" do presidente americano contra a mídia.
Bob Dudley, o CEO que assumiu o comando da petroleira britânica British Petroleum (BP), em julho de 2010, está deixando o cargo. Ele assumiu três meses após a empresa haver mergulhado na maior crise de sua história: o vazamento de 800 milhões de litros de petróleo no Golfo do México, que resultou da explosão de uma plataforma de petróleo em alto mar, com 11 vítimas fatais. Quando ele assumiu sob o olhar cético de muitos analistas, sabia a “bomba” que estaria administrando. Sai agora da BP, em meio ao processo de pós-crise administrado pela empresa.