A medicina no Brasil em estado de crise
Pode ser apenas uma impressão. Ou uma percepção que acaba formando o que chamamos de reputação. Mas a quantidade de erros médicos em clínicas e hospitais; as queixas de pacientes que não conseguem atendimento no SUS ou pelo próprio plano de saúde para cirurgias; a série de denúncias contra profissionais que se passam por médicos, apenas porque fizeram um curso de curta duração e já saem clinicando; assédios e até estupros cometidos por profissionais da área, tudo isso mostra que a saúde no Brasil, particularmente em relação aos médicos, está bem doente.
Se existe algo em gestão de crises onde ainda não se chegou a um consenso, é exatamente sobre a imprevisibilidade das crises. Durante muito tempo sustentou-se, no conceito de crise, que elas chegam de surpresa e por isso seriam difíceis de prevenir e, em consequência, de administrar.
A tragédia que se abateu sobre o Japão, na madrugada de 11 de março pode ser o pior e mais caro desastre natural enfrentado pelo homem no mundo moderno.O resultado de três catástrofes – o terremoto, o tusnami, seguidos do risco de um vazamento nuclear com os acidentes em Fukushima – mostra que por mais preparado que uma organização ou um país estejam para as crises, as tragédias podem superar qualquer tipo de prevenção.
No início do ano, a Justiça da Califórnia (EUA) recebeu pedidos de ações contra a empresa de alimentação Taco Bell, com alegações de publicidade fraudulenta. A publicidade apregoava a qualidade e a composição do “beef” servido no sanduíche da empresa. As ações questionavam a informação publicitária de que o “beef” da Taco Bell era 100% de carne, o que foi contestado por associações e órgãos do governo.
O Egito foi o primeiro país alvo de protestos a perceber e temer a força da internet. No auge das manifestações na Praça Tahrir, o ditador Hosni Mubarak comandou o silêncio virtual do Egito, ao determinar o corte pelo menos em 88% dos serviços de conexão do país. A intervenção do governo egípcio foi tão violenta que surpreendeu os serviços de monitoramento mundial da rede. A ação inusitada aconteceu pela primeira vez na história da web.
Nas últimas semanas ditadores e déspotas de países do Oriente Médio devem estar fazendo a mesma pergunta que o Rei Luiz XVI, da França, fez aos criados, quando a Bastilha caiu, em 1789. Conta-se que o monarca francês perguntou: “É uma revolta?” “Não, Senhor”, foi a resposta. “É uma revolução”.
O Banco do Brasil anunciou esta semana o resultado de 2010: lucro líquido de de 11,7 bilhões, crescimento de 15,3% sobre 2009. Foi o melhor resultado na história bancária do país. O BB é uma empresa de economia mista, com 59,2% do capital pertencente ao Tesouro Nacional. Mas o que isso tem a ver com comunicação e crise?