A medicina no Brasil em estado de crise
Pode ser apenas uma impressão. Ou uma percepção que acaba formando o que chamamos de reputação. Mas a quantidade de erros médicos em clínicas e hospitais; as queixas de pacientes que não conseguem atendimento no SUS ou pelo próprio plano de saúde para cirurgias; a série de denúncias contra profissionais que se passam por médicos, apenas porque fizeram um curso de curta duração e já saem clinicando; assédios e até estupros cometidos por profissionais da área, tudo isso mostra que a saúde no Brasil, particularmente em relação aos médicos, está bem doente.
Desde sua eleição, há 18 meses, o Papa Francisco ganhou muitos elogios dentro e fora da Igreja Católica. De fato, num momento em que os líderes mundiais geralmente se encontram meio sem rumo, ele mostrou o que um líder eficaz pode fazer. Ele revigorou uma organização sob ataque em várias frentes e ao fazê-lo inspirou muitos outros, incluindo aqueles sem ligações com a igreja. Além disso, ele tem feito isso enquanto abriu mão de grande parte da pompa e cerimônia associadas a seus predecessores e de fato a muitos outros líderes.
O ex-presidente da Petrobras Sergio Gabrielli compareceu quinta-feira, 12, à CPI na Câmara dos Deputados, para prestar esclarecimentos sobre os descalabros ocorridos durante sua gestão na empresa. Ele tentou se eximir da responsabilidade pelos desvios financeiros na Petrobras e argumentou ser impossível descobrir que diretores tinham esquema criminoso de propinas. Ou seja, admitiu publicamente que não tinha controle total da empresa. Era um comandante que não tinha o navio sob seu completo comando.
Em Londres, o Parlamento britânico acusou hoje os executivos do HSBC de incompetentes, por ignorarem as atividades de sonegação de impostos que ocorreram na filial da Suíça. Ao ouvir executivos sobre o chamado Swissleaks, os parlamentares se referiam, entre outros, a Chris Meares, ex-chefe da divisão de private do banco HSBC. Ele declarou, quando o escândalo veio à tona, que não sabia “até onde o pessoal tinha ido”.
O Reino Unido enfrenta um novo escândalo envolvendo grampos telefônicos utilizados criminosamente pela mídia, comparável ao ocorrido com o jornal “News of the World”, há quatro anos. O grupo “Mirror Group Newspapers (MGN)”, que edita os jornais Daily Mirror, Sunday Mirror e a revista People, utilizaram grampos em “escala industrial”, segundo reportagem do jornal britânico The Guardian, entre os anos de 1999 e 2009.
“A economia brasileira está uma "bagunça" e enfrentará dificuldades para sair do "atoleiro" onde se encontra. Escapar deste atoleiro seria difícil, mesmo com uma forte liderança política. Dilma, no entanto, é fraca. E tem uma frágil base política.” A afirmação é da matéria de capa, na edição da América Latina, da revista britânica The Economist, que circula hoje.
A reportagem da The Economist (leia aqui) faz uma breve análise do cenário atual brasileiro, sem deixar de citar o escândalo da Petrobras, o acerto na escolha de Joaquim Levy para o ministério da Fazenda, mas ressata as dificuldades da presidente e do ministro com o Congresso Nacional, incluindo a eleição de Eduardo Cunha para presidente da Câmara.
A semana foi ocupada por notícias de que a Zona do Euro, essa entidade que vigia as finanças dos países-membros e, por extensão, dos europeus, apertou a Grécia para fechar um acordo, na hora em que grande parcela da dívida grega estava vencendo.