´Ozempic natural´, vapes e outras trends que ameaçam a saúde pública
Isabela Pimentel*
É natural, pode usar’. Quantas vezes não vemos posts e conteúdos assim em nossos feeds?
A recomendação de produtos ‘milagrosos’ por perfis de influenciadores em algumas redes sociais não é novidade, mas vem crescendo e fazendo o tema ganhar destaque nas ‘trends’, ou seja, assuntos que se tornam virais nas redes e plataformas sociais. E isso inclui desde fórmulas até os chamados cigarros eletrônicos, tão populares entre influenciadores jovens.
Leia mais...No último dia 5 (sexta-feira), o festival de música Astroworld, promovido pelo rapper Travis Scott, em Houston, Texas (EUA) foi palco de uma grande tragédia: dez pessoas morreram e centenas ficaram feridas na multidão presente ao show. Havia tanta gente (50 mil pessoas) que o público sequer conseguia se mexer por vontade própria. Foi o primeiro grande evento dos Estados Unidos, após a pandemia. E atribui-se a tragédia à falta de prevenção e falhas na fiscalização, que permitiu as pessoas se aglomerarem sem ordem e sem controle.
Como seriam nossas vidas futuras de trabalho, passado o medo da pandemia e a necessidade de retomar as atividades normais. As discussões entre os jornalistas e especialistas em trabalho e em saúde certamente levam em conta o que os CEOs das empresas estão admitindo, quando a pandemia reduz a ameaça e já permite reuniões de várias pessoas. Esse o tema de reportagem publicada em 12 de novembro último, no New York Times: What Bosses really think about the future of the Office.
Em agosto de 2021, a revista americana The Atlantic publicou artigo denso da escritora e jornalista Anne Applebaum, sobre a cultura do cancelamento, um fenômeno que talvez seja um subproduto da Internet e das redes sociais, misturado com correntes de pensamento duma era de polarização de opiniões e da falta de perspectiva política em muitas democracias. De um lado, as pessoas perderam o escrúpulo de julgar os outros, não importa o ângulo que possa ser analisado e, de outro, os "novos tempos" não admitem mais certas ideias e costumes que há poucos anos passavam batidos, admitidos como naturais.
Em maio deste ano, um ataque de ‘ransomware’ à empresa Colonial Pipeline criou uma crise em cadeia, nos Estados Unidos. Para a empresa e a economia da região, principalmente para a costa leste do país. A Colonial é a maior empresa de oleoduto dos EUA. O colapso cibernético, na época, também significou uma séria ameaça ao abastecimento de combustível da costa Leste americana. O ataque a uma empresa estratégica na indústria energética suscita várias lições importantes para líderes empresariais, sobre como responder e gerenciar situações desse tipo de crise.
Em tempos de pandemia, as empresas podem se perder nas ações de comunicação. Elas estão tão desconfortáveis nesse cenário inusitado e imprevisível, que desdenham do principal instrumento para manter a fidelidade e a confiança dos stakeholders e voltar ao mercado com a reputação preservada. É certo que as empresas que não souberam se comunicar durante a pandemia, esqueceram os clientes, nos momentos mais cruciais da crise, dificilmente conseguirão ter uma relação amistosa ou fiel, quando o ‘novo normal’ voltar.
O atentado ao World Trade Center (WTC), em Nova York, completou 20 anos em 11 de setembro. Foi o maior ataque sofrido pelos Estados Unidos em solo pátrio, superando em número de vítimas o célebre bombardeio japonês a Pearl Harbour, que matou 2.403 americanos, em 1941, estopim para a entrada dos EUA na II Guerra Mundial. No WTC houve 2.996 vítimas fatais e mais de 6 mil feridos.
Passados 20 anos, muitas perguntas sobre o atentado continuam sem respostas, principalmente as que buscam entender como os EUA, tão preparado para ataques externos desde a Guerra Fria, permitiram que 19 terroristas se apossassem de quatro aviões e cometessem os atentados, sem qualquer tipo de reação. Até hoje, restos mortais de 1.106 vítimas do WTC não foram encontrados, o que não permitiu às famílias terem uma cerimônia de despedida.