40 anos depois, maior crime industrial da história continua impune
Neste 3 de dezembro completou 40 anos o pior desastre industrial do mundo: o vazamento de gás ocorrido na noite entre 2 e 3 de dezembro de 1984 na fábrica de pesticidas Union Carbide, em Bhopal, na Índia. A planta industrial era uma unidade asiática da multinacional americana Union Carbide.
Leia mais...A desigualdade social no mundo aumentou. Quase metade da população mundial sobrevive com menos de 5 dólares por dia (R$ 18,00). A crescente concentração da riqueza mundial, destacada em relatório divulgado no Fórum Econômico Mundial, em Davos, mostra que os 26 bilionários mais ricos possuem tanto em ativos quanto os 3,8 bilhões de pessoas que compõem a metade mais pobre da população do planeta. O número de bilionários quase dobrou em 2018.
O ano de 2018 vai ficar marcado pela grave crise que atingiu pelo menos duas grandes livrarias do país: Saraiva e Cultura. De certo modo, elas se tornaram ícones da crise que atingiu o setor livreiro, principalmente nos últimos três anos. Ainda sem o hábito de leitura que se encontra em outros países, o brasileiro quando vai cortar despesas aponta direto para a rubrica cultura e entretenimento. Foi o que aconteceu no país, sobretudo a partir de 2015. Em 2016, a comercialização de livros no País recuou 8,9%, comprometendo a rentabilidade de editoras e, principalmente, das livrarias.
O ano que passou vai ser sempre lembrado como aquele em que o Brasil, sem dar a importância que a História merece, perdeu um dos bens mais preciosos que possuía: o acervo do Museu Nacional do Rio de Janeiro. No dia 2 de setembro, sem ainda se saber como, o histórico prédio do Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, Rio de Janeiro, pegou fogo. Sem um sistema de alerta e nem equipamentos básicos anti-incêndios, que qualquer museu do mundo possui, a negligência e o desprezo pelo acervo que lá repousava levaram a essa desastre irreparável.
Aconteceram muitas crises no Brasil, ano passado. Mas quando, numa retrospectiva, nos debruçamos sobre as piores crises que ocorreram no país durante 2018, certamente duas sobressaem: a greve dos caminhoneiros, que literalmente parou o país. E o incêndio do Museu Nacional, no Rio de Janeiro. A greve dos caminhoneiros começou devagar, como se eles tivessem testando o governo para ver se a corda poderia espichar mais. Ao perceber a fragilidade do governo em negociar e conter os abusos, os caminhoneiros perceberam que ali estava uma oportunidade de mostrar força. E foi o que aconteceu.
O fato foi revelado na semana passada. O jornalista Claas Relotius, da revista alemã Der Spiegel foi demitido, após um colega e a revista descobrirem que várias reportagens famosas, de sua autoria, eram “fake news” ou “fake stories”, pura fraude. O jornal britânico The Guardian, de 19/12/18, em artigo de Kate Connolly conta como repercutiu na redação da revista alemã a descoberta dessa fraude.
Hoje conheceremos o primeiro caso de 2018, que incomodou uma multinacional poderosa, a partir do momento em que o produto caiu nas redes sociais, ao ser utilizado como uma espécie de desafio por jovens e adolescentes. O Tide Pod*, uma pequena barra de sabão de limpeza da Procter & Gamble, expôs a empresa no início de 2018, quando muitas pessoas, principalmente jovens, e até crianças, lançaram o que chamaram Tide Pod Challenge.