Tragédia no Rio Grande do Sul poderia ser evitada?
A tragédia que arrasa o Rio Grande do Sul, desde o início do mês, o maior desastre natural no estado na história, com o transbordamento de vários rios em boa parte da região central do território gaúcho, incluindo a capital, não tem precedentes no País. Até agora, o maior desastre por fenômenos climáticos, no Brasil, ocorreu no estado do Rio, em janeiro de 2011, quando fortes chuvas provocaram enchentes e deslizamentos em sete municípios. A tragédia resultou em cerca de 900 mortes e mais de 100 desaparecidos. Sem dúvida, até então, a maior catástrofe climática e geotécnica do país.
Leia mais...A queda de um trecho da ciclovia que passa pela praia de São Conrado, no Rio de Janeiro, inaugurada em janeiro, aponta, pelas análises preliminares e a opinião de especialistas, uma falha grave de gestão de risco. O acidente coloca sob suspeita essa e outras obras feitas às pressas, para cumprir a agenda das Olimpíadas. O marketing e a pressão do calendário não estariam se sobrepondo aos critérios de segurança? Além da morte de duas pessoas, até agora, a queda teve ampla repercussão internacional, agravando o desgaste da imagem do Rio de Janeiro e do País no exterior, num momento em que toda a mídia internacional está voltada para o processo de impeachment da presidente Dilma e para as Olimpíadas.
A fabricante japonesa de veículos Mitsubishi reconheceu hoje (20), no Japão, que manipulou dados sobre eficiência energética de seus miniveículos, os chamados "kei cars". A fraude afeta cerca de 625 mil automóveis desse tipo vendidos no Japão.
O Brasil vai muito mal quando se trata de liderança. É patético e triste ver neste momento o comportamento de quem deveria ser a principal líder do país: a presidente da República. Votos não têm o condão de outorgar a alguém o dom da liderança, lamentavelmente. Líderes autênticos não precisam de votos para comandar, para seduzir, para encantar e mudar o mundo. A história está cheia de exemplos. Luther King, Madre Tereza de Calcutá, Irmã Dulce não exerceram cargos eletivos.
Não importa o tamanho da empresa ou a natureza da organização. Todas hoje vivem o drama de “estar” ou não presentes nas redes sociais. Quem está fora sofre a síndrome da ausência, como se a empresa estivesse alienada do mercado, pelo fato de não participar das mídias sociais.
Quem se estruturou e resolveu entrar nesse mundo novo sofre outro tipo de ansiedade: o medo de se expor ao escrutínio imediato e superficial do mercado; cometer um erro e ter a reputação ameaçada por algum cliente insatisfeito; por ações legais do governo ou de órgaos reguladores; ou, pior ainda, sofrer um ataque de hackers, crime cada vez mais comum, e ter milhões de dados dos clientes vulnerabilizados.
Não bastassem as revelações dos desvios bilionários feitos na Petrobras por quatro diretores que estão presos; não bastassem compras de ativos podres, como a usina de Pasadena no México; não bastassem gastos bilionários em projetos megalômanos, que não se viabilizaram com a crise ética e financeira da empresa, como o da empresa Sete Brasil e outras, quanto mais se abre a caixa preta da Petrobras, mais nos surpreendemos com a incompetência, a leniência e a falta de compromisso das gestões que comandaram a empresa entre 2003 e 2014.
A falha de segurança da Bélgica nos atentados que vitimaram 35 pessoas no aeroporto de Bruxelas e num vagão do metrô, no último dia 21, ficou evidente. E levantou uma questão delicada para os vizinhos da União Europeia. A incapacidade da polícia e do serviço de inteligêncxia da Bélgica para investigar, conduzir e conter a ameaça terrorista. O fato desgastou o governo belga e levou dois ministros a pedirem demissão - não aceita - logo após a tragédia.