Problemas de gestão e ações judiciais lideraram as crises em 2024
Problemas de gestão lideraram as crises corporativas de 2024, no mundo, diz o Relatório Anual de crises do Institute for Crisis Management-ICM, dos Estados Unidos, liberado dia 30/06/25. Essas crises representaram 21,48% de todos os registros constantes na mídia no ano passado, que, segundo o Relatório, chegaram a 1 milhão 134 mil casos.
“Esta categoria voltou com força total no relatório deste ano, um número não visto desde 2018", diz o Relatório. Durante os anos de pandemia de 2020 a 2023, os erros de gestão não apareciam com alta incidência no levantamento anual do ICM, disfarçados ou minimizados pela gravidade dos efeitos da Covid-19. Um dos motivos pelo qual esse índice caiu na pandemia foi porque o ICM considerou a tragédia ocasionada pelo vírus da Covid-19 como ‘catástrofe’, o que elevou sensivelmente o percentual dessa crise.
Leia mais...O lançamento da série da HBO – Chernobyl – intensificou o interesse pela maior tragédia nuclear, ocorrida há 33 anos e que até 1991, quando acabou o regime soviético, sempre esteve envolta numa cortina de mistério e mentiras.
Nunca se soube, e provavelmente nunca se saberá, a extensão do que realmente aconteceu em abril de 1986, na pequena cidade de Pripyat, no interior da Ucrânia. Mas Chernobyl foi o acidente que mais perto chegou do potencial de um desastre nuclear de dimensões continentais, desde que a energia nuclear começou a ser explorada.
Fora as grandes guerras e os genocídios que respondem pela morte de milhões de pessoas, qual a tragédia da humanidade – não levando em conta desastres naturais - que poderia ser considerada a pior crise ou o pior acidente dos tempos modernos? Não é difícil tentar adivinhar. Certamente o acidente nuclear de Chernobyl despontaria como o “maior desastre antropogênico da história da humanidade”, segundo Viktor Sushko, vice-diretor-geral do Centro Nacional de Pesquisa Médica de Radiação (NRCRM), localizado em Kiev, Ucrânia.
Rosângela Florczak*
Não faltam, no cotidiano dos profissionais que trabalham com comunicação e gestão de crise, exemplos de situações que carregam em si uma boa dose de absurdo. Os consultores e assessores são contratados para dar as melhores recomendações, montar estratégias coerentes e executá-las com rigor técnico diante das ameaças à reputação de marcas, empresas ou personalidades públicas – sejam elas jogadores de futebol, artistas ou políticos. Acontece, em um grande número de ocasiões, que quem os contratou não se deixa assessorar.
O banco de dados Brainwash, criado por pesquisadores da Universidade de Stanford, continha mais de 10.000 imagens e quase 82.000 cabeças anotadas nos registros no fim de 2018.
Na sociedade vigiada em que vivemos, câmeras em elevadores, estações do metrô, trens, ônibus, aeroportos, repartições públicas e até no prédio onde você mora se tornaram rotina. Ninguém está livre de ser monitorado 24 horas por dia, nos locais públicos da cidade ou da estrada. Mas o processo de invasão da privacidade avança para ter todos os seus movimentos, com muito mais precisão, por meio do reconhecimento facial.
Embora a paisagem atual do ambiente dos negócios seja volátil, principalmente num mundo em que os cenários mudam com uma rapidez incrível, há uma oportunidade de gerenciar o risco de maneira inteligente. O estado de prontidão de uma empresa para uma eventual crise pode afetar drasticamente os resultados e os benefícios, além de importantes para a reputação, podem ser materiais: um estudo mostra que as empresas percebidas como tendo respondido bem a uma crise experimentaram, em média, um ganho de 22% no valor das ações*. Em contraposição, empresas que tiveram crises graves sofreram imediato impacto no valor de mercado.
O Facebook, a rede social com o maior número de usuários no mundo - 2,4 bilhões de pessoas – enfrenta o rescaldo da pós-crise, que afetou não apenas o crescimento no número de seguidores, mas também os resultados financeiros. Valores otimistas do gigante da rede são postos em dúvida pela empresa de análise de negócios Mixpanel.
O ano de 2018 foi extremamente difícil para algumas grandes marcas. Apareceram crises de certo modo improváveis para marcas fortes e com uma reputação, até certo ponto, invejável. Boeing, Nissan, Uber, Tesla, Fiat, GE, Starbuck’s, Air France, Marriot, Google, Facebook foram algumas das marcas mais conhecidas que estiveram envolvidas em crises graves e complicadas para administrar em 2018.