Não importa o que aconteça ao navio, o capitão é sempre culpado
O título deste artigo, reproduzindo um adágio popular, pode ser lido como uma máxima de gestão de crises, quando se trata de liderança. Mas também cabe como uma luva no episódio do naufrágio do iate Bayesian, do magnata britânico Mike Lynch, na Sicília, na semana passada. O iate de R$ 250 milhões era um dos mais caros e modernos do mundo.
Leia mais...Recente pesquisa mensal do Ibope/NetRatings concluiu que em agosto o número de usuários residenciais ativos de Internet bateu novo recorde no Brasil, atingindo 19,3 milhões de pessoas. Em relação a julho o crescimento foi de 4,2%. Em números absolutos, o total de internautas chegou em agosto ao maior patamar: 30,1 milhões de pessoas.
Crise não é só privilégio de companhia aérea, político ou governos. Ela ataca também time de futebol, independente do tamanho da torcida. O Corinthians entrou no inferno astral desde que a imprensa e a Polícia Federal começaram a levantar suspeitas sobre a parceria com a MSI, feita há três anos.
Só faltava esta. Depois de constranger passageiros a tirar sapatos, abrir malas, expurgar líquidos, passar por várias revistas e detectores e responder a perguntas simplórias sobre portar explosivos na bagagem, a política anti-terrorista americana quer determinar agora o que você pode fazer com seu computador.
Depois do “estupra, mas não mata” de Paulo Maluf e do “relaxe e goze” da Ministra do turismo, parece que as autoridades estavam tomando mais cuidado antes de falar de improviso. Mas o festival de frases infelizes que assola o país continua.
Um recall da empresa Mattel, que importa brinquedos de diversos países para o Brasil, acabou gerando uma crise de imagem, que certamente afetará a reputação e os negócios futuros da indústria.
O mês de agosto está pródigo em crises de imagem empresariais, crises financeiras, com respingos também em reputações pessoais. O mundo financeiro foi abalado por soluços na economia americana que ameaçaram a calmaria dos mercados e bolsas de valores dos últimos anos. A confiança do investidor foi atingida e os investidores estrangeiros fugiram das economias chamadas emergentes, como a do Brasil. Resultado: queda recorde na Bolsa de Valores, aumento do risco Brasil e do dólar.