A medicina no Brasil em estado de crise
Pode ser apenas uma impressão. Ou uma percepção que acaba formando o que chamamos de reputação. Mas a quantidade de erros médicos em clínicas e hospitais; as queixas de pacientes que não conseguem atendimento no SUS ou pelo próprio plano de saúde para cirurgias; a série de denúncias contra profissionais que se passam por médicos, apenas porque fizeram um curso de curta duração e já saem clinicando; assédios e até estupros cometidos por profissionais da área, tudo isso mostra que a saúde no Brasil, particularmente em relação aos médicos, está bem doente.
O que levaria a maioria dos adolescentes que vive num país adiantado, das economias mais fortes do mundo, tecnologicamente avançado e com uma educação modelo a se considerarem infelizes? Deveria a felicidade de um adolescente ser medida por outros parâmetros? Ou felicidade, um estado que podemos sentir, mas não medir, dependeria de fatores que ainda desconhecemos?
O agravamento da crise de milhares de imigrantes em direção à Europa já é considerado o maior movimento migratório e a pior crise enfrentada pelos países europeus desde a II Guerra Mundial, há 70 anos. Grécia, Itália, Inglaterra, Alemanha e França são os países mais pressionados por levas de imigrantes, principalmente da África e Oriente Médio. Somente na Alemanha existem 450 mil pedidos de asilo, um recorde. E 50 mil imigrantes chegaram às ilhas da Grécia somente em julho, 124 mil em sete meses. O país diz não ter recursos financeiros nem humanos para mantê-los.
Francisco Viana*
A realidade aponta para uma questão: O que é hoje comunicação? Como desdobramento, uma outra pergunta: qual é o papel do comunicador? Quando nos debruçamos sobre a quantidade de presos ilustres que se sucedem nos cárceres da Operação Lava Jato em Curitiba, a primeira pergunta é: para que serviam seus assessores de comunicação? Será que ninguém levantou a questão da vulnerabilidade – para usar uma palavra elegante – dos modelos de negócio ou de gestão da coisa pública? E, se levantou a questão, foi sequer remotamente ouvido?
Se alguém esperava que a semana passada fosse abafar a crise no Brasil e no exterior, errou feio. Agravado pela prisão de José Dirceu, o cenário político piorou. E com ele o cenário econômico não para de colecionar notícias ruins. A indústria que não deslancha. A inflação que continua já a perseguir os mais pobres. Além de uma contínua ameaça de crise institucional, em que não faltaram sequer notas de coluna especulando se Dilma teria rascunhado a “carta de renúncia”.
6 de agosto de 1945. Os Estados Unidos lançam a primeira Bomba Atômica em Hiroshima, no Japão, causando a morte de 140 mil pessoas. Quem não sabia o que seria o Apocalipse pôde ter uma ideia no momento em que o Enola Gay, avião bombardeiro B-29 americano, lançou o artefato sobre a cidade que estava amanhecendo. A partir daí, não apenas o Japão se rendeu, mas o mundo nunca mais foi o mesmo. Três dias depois, o mesmo inferno caiu sobre outra cidade japonesa, Nagasaki, com mais 74 mill mortes. Sem falar nas pessoas que morreram depois.
O país amanheceu ontem com as notícias que já se tornaram rotina de mais uma fase da Operação Lava Jato, nome dado pela Polícia Federal à investigação de um esquema de propinas na Petrobras. Ela começou em março de 2014, com a apuração sobre a compra pela estatal da usina Pasadena, nos EUA, e ontem entrou na 17a. fase.
Mas essa fase foi para as manchetes mais por causa da prisão do ex-ministro, ex-deputado e guru do PT, José Dirceu. Embora já se falasse na iminência da prisão dele, pelas várias menções de seu nome em depoimentos de envolvidos no escândalo da Petrobras, não deixou de ser emblemático que um dos símbolos do PT e sombra de todos os conchavos políticos dos últimos anos no país esteja novamente às voltas com ilicitudes.