Laboratório de crises expõe os deslizes na saúde do Rio
A denúncia contra o laboratório PCS Lab Saleme, do Rio de Janeiro, por ter liberado órgãos a serem transplantados, com o vírus do HIV, é apenas parte da série de irregularidades que permeia aquela empresa e a própria saúde no Rio de Janeiro, há bastante tempo.
Leia mais...O Brasil ficou chocado, semana passada, pelas agressões estúpidas e covardes a um cliente negro do Supermercado Carrefour, em Porto Alegre, cometido por dois seguranças brancos. O violento ataque, que resultou em assassinato, foi filmado e divulgado à exaustão. Não houve no país quem não se revoltasse com as cenas, principalmente porque o ato foi cometido como se fizesse parte de um ritual, sem intervenção por parte do gerente da filial, da fiscal, que circulou ao redor do “ringue”, e de outros empregados uniformizados que se juntaram à plateia, como coadjuvantes. Nenhum outro empregado ou cliente interveio, até porque a fiscal ainda tentou constranger um cidadão que filmava o assassinato. Até o CEO global do Carrefour, Alexandre Bompard, achou as imagens "insuportáveis".
Ana Negreiros e João José Forni*
A escuridão do Amapá ilumina a falta de processos preventivos de crise no Brasil. Noites e dias escuros. Fornecimento de água paralisado. Bancos fechados e caixas eletrônicos desligados. Postos de combustíveis racionando gasolina. Comidas jogadas no lixo. Sensação de impotência e medo. Na escuridão, aconteceram saques e vandalismo. O cenário descrito é o vivido há uma semana por cerca de 90% da população do Amapá, aproximadamente 765 mil pessoas. Cenas de um filme “noir”.
“Faltando apenas alguns dias para uma eleição histórica, nosso trabalho neste mês se concentrou em entender e combater a desinformação e apoiar jornalistas na missão extremamente importante de educar o público sobre os procedimentos eleitorais. Recente relatório de pesquisa do Professor Matthew Baum e seus colegas, em pesquisa de 50 estados sobre as atitudes do público, revela que as diferenças na intenção de votar pelo correio podem atrasar os resultados eleitorais em estados-chave. O despacho do professor Tom Patterson, Election Beat 2020, adverte os leitores de como a reportagem sobre os resultados das eleições pode ser prejudicada por um julgamento precipitado, e como as organizações de notícias podem se tornar propagadoras da desinformação. O Washington Post também publicou artigo sobre o papel dos jornalistas na promoção da confiança nas eleições de 2020.”
O incêndio no Hospital federal de Bonsucesso, nesta terça-feira, no Rio de Janeiro, é simplesmente a reprise piorada do filme a que assistimos, em setembro de 2019, quando o Hospital Badim também pegou fogo, na mesma cidade.
Lá, naquele caso, o fogo teria iniciado num gerador no subsolo, o que provocou intensa fumaça tóxica e obrigou o hospital a retirar os idosos que estavam na UTI, bem como outros pacientes de risco. O problema maior no Hospital Badim foi não ter qualquer tipo de alternativa ou treinamento para enfrentar um incidente no subsolo, o que teria amenizado as consequências da fumaça do incêndio que invadiu o prédio.
“A vida diária mudou drasticamente este ano. Com restrições em tudo, desde reuniões ou comemorações com aglomeração, até jantares, exercícios, compras e viagens, todos nós fomos forçados a improvisar nossas rotinas e as formas como buscamos nossos interesses.”
Em razão desse “confinamento”, muitos de nós estamos cada vez mais trabalhando, nos distraindo ou divertindo online, o que nos dá, pelo menos, uma sensação de maior segurança. “Seja para comprar mantimentos, conversar com amigos ou simplesmente se divertir, as plataformas digitais têm desempenhado um papel fundamental na adaptação da comunidade global à pandemia.”
"É uma lei imutável que na batalha campal entre percepção e realidade, a percepção sempre vence." (Steven Fink*).
O Brasil assiste há pelo menos 15 dias uma das maiores tragédias de destruição de florestas, parques nacionais, reservas ambientais e áreas de preservação da história. O fogo destrói florestas, a fauna e a flora na Amazônia, no Pantanal, no Cerrado e outras regiões do país, onde a seca, o calor, a baixa umidade e a irresponsabilidade de proprietários rurais, ou até mesmo atos criminosos, acabam se juntando, numa conjunção extremamente adversa, para alimentar essa tragédia ambiental.