A medicina no Brasil em estado de crise
Pode ser apenas uma impressão. Ou uma percepção que acaba formando o que chamamos de reputação. Mas a quantidade de erros médicos em clínicas e hospitais; as queixas de pacientes que não conseguem atendimento no SUS ou pelo próprio plano de saúde para cirurgias; a série de denúncias contra profissionais que se passam por médicos, apenas porque fizeram um curso de curta duração e já saem clinicando; assédios e até estupros cometidos por profissionais da área, tudo isso mostra que a saúde no Brasil, particularmente em relação aos médicos, está bem doente.
Leia mais...O incêndio ocorrido no fim de semana no Ferry Boat Norman Atlantic, na trajeto da cidade grega de Patras para o porto de Ancona, na Itália, pelo Mar Adriático, transformou a viagem num verdadeiro inferno.
Se 2008 será lembrado como o ano da crise econômica mundial, que derrubou bolsas, quebrou bancos e gerou desemprego em massa na Europa, Estados Unidos e outros países, 2014 ficará marcado como o ano da crise no Brasil. O país fracassou na economia, na política, no esporte, principalmente futebol, na segurança e na saúde. Sem falar no quesito da ética, ferida de morte pelo escândalo da Petrobras, talvez o maior caso de corrupção da história do país.
Uma dúvida de muitas pessoas, quando instadas a definir de surpresa o significado de crise: problemas seriam crises? Há uma tendência na vida diária de acreditar que os problemas que temos no dia a dia são sempre crises. A vulgarização do termo “crise” nos leva a crer que qualquer situação difícil da nossa rotina de vida ou de trabalho pode ser classificada como crise.
A cada ano, na época do Natal, insistimos que, apesar de 25 de dezembro ser o aniversário de Jesus, segundo consagrou a fé cristã, na medida em que o tempo passa essa evocação acaba engolida pelo mercantilismo. Não bastasse o culto ao deus do consumo, o Natal deste ano chega agravado pelas crises, inclusive no Brasil. A festa do congraçamento, portanto, para milhões de pessoas não passa de uma miragem.
Crises corporativas representam uma ameaça às organizações. E quase sempre provocam efeitos extremamente deletérios para os stakeholders, o próprio negócio, os resultados, a reputação e o futuro das corporações. Talvez o Brasil nunca possa dimensionar em toda a extensão o dano provocado pela atual crise da Petrobras, não apenas diretamente na empresa, mas em toda a cadeia de negócios que envolve as atividades da estatal.
O ano de 2014 se despede como 2012, nos Estados Unidos. Com o assassinato covarde de dezenas de crianças, sempre as vítimas inocentes da insensatez humana. Agora, foram 132 mortes de inocentes, no Paquistão, e outro tanto de feridos, muitos em estado grave. Não bastasse o que aconteceu durante o ano, com atos de decapitação filmados ao vivo e divulgados na Internet, para provocar o mundo civilizado e fazer propaganda do terror, o mundo hoje ficou sabendo que não há mais limites para a barbárie.