Laboratório de crises expõe os deslizes na saúde do Rio
A denúncia contra o laboratório PCS Lab Saleme, do Rio de Janeiro, por ter liberado órgãos a serem transplantados, com o vírus do HIV, é apenas parte da série de irregularidades que permeia aquela empresa e a própria saúde no Rio de Janeiro, há bastante tempo.
Leia mais...“Fake News” - notícias falsas. Todos nós provavelmente já vimos o termo citado em jornais, na TV e no rádio, mas principalmente nas redes sociais. “Fake News” é o que o mentecapto presidente americano Donald Trump adotou como mote para classificar as notícias que ele não quer que publiquem. Ditadores ou chefes despóticos não gostam de ser criticados, como se fossem donos da verdade. “Fake News” é o que Trump mais usou durante a campanha para desqualificar a candidata oficial, principalmente pelas redes sociais.
A semana foi marcada pela grave crise no estado do Espírito Santo. Por qualquer ângulo que for analisado esse episódio, ali ninguém se salva, dos policiais ao governo. As autoridades do estado ficaram refém de uma minoria de policiais que brincavam de greve, com o respaldo dos próprios parentes, principalmente mulheres, para dizer que elas, como “minoria frágil”, não poderiam ser confrontadas ou afastadas na base da força. Além de irresponsável e covarde, o ato foi ilegal e durante uma semana a segurança da população foi “sequestrada” e o governo estadual acabou enredado na crise.
Um porta-voz inexperiente é uma bomba-relógio para a marca. O porta-voz é a voz e a personificação da marca, do governo, da organização. É importante que ele seja treinado, preparado e tenha amplo conhecimento do negócio, da empresa e dos principais programas de um governo. As pessoas-chave da organização devem entender como desempenhar o seu papel no fortalecimento da reputação e estar prontas para o que a responsabilidade do cargo pode trazer. O porta-voz é a "cara" da organização na opinião pública. Receber e atender bem a mídia, fornecer informações relevantes e ser transparente deveriam ser atividades incorporadas à gestão moderna e responsável. Isso constrói credibilidade.
O ex-homem mais rico do Brasil, que construiu a ilusão da fortuna fácil em cima de marketing, papel e fumaça, acabou onde deveria: na prisão. Eike Batista enganou o país pelo menos nos últimos sete ou oito anos, incensado pelos governantes, imprensa e celebridades, de Lula a Dilma, passando por Madonna, Sérgio Cabral e outros políticos, hipnotizados pelo canto de sereia do empresário. Ludibriou milhares de acionistas, que injetaram economias do trabalho para capitalizar as chamadas empresas “x”. Projetos megalômanos, pouco transparentes, sem lastro econômico, gerencial e estratégico.
Francisco Viana*
Cassio: Reputação, Reputação, perdi minha reputação. Perdi a parte imortal, senhor, de mim mesmo – e o que resta é animal. Reputação, Reputação, perdi minha reputação.
Iago: Honestamente, pensei que havia recebido algum ferimento no corpo, que é bem mais grave do que na reputação. Reputação é uma invenção inútil e fabricada, muitas vezes conseguida sem mérito e perdida sem merecimento. Ninguém perde nada de reputação a não ser que se repute um perdedor.
Shakespeare, Otelo.
Não tem mais solução. A Odebrecht pode mudar de nome, reduzir os negócios em até 60 por cento ou mais, e disseminar a ideia de que errou ao subornar políticos, mas mantém a excelência técnica, que de nada irá adiantar. A corporação, de 72 anos, ao ser envolvida a fundo nas denúncias da Operação Lava Jato assinou a sentença de morte da sua marca e, com ela, qualquer possibilidade de recuperar sua reputação.
O novo secretário de imprensa da Casa Branca, Sean Spicer, estreou um dia depois da posse fazendo tudo aquele que não se recomenda na relação com os jornalistas. Irritado, gritando, atacou a mídia, de forma geral, acusando-a de "falsos relatos" sobre a inauguração como parte daquilo que ele chamou de uma tentativa "vergonhosa" de minimizar o entusiasmo pelo presidente Trump. Até a Fox News, simpática ao republicanismo, registrou com desagrado a forma como o porta-voz debutou no cargo, muito importante para o governo, lendo uma nota feita às pressas, com termos duros e bastante combativa. Ele leu esse comunicado e não permitiu perguntas.