Problemas de gestão e ações judiciais lideraram as crises em 2024
Problemas de gestão lideraram as crises corporativas de 2024, no mundo, diz o Relatório Anual de crises do Institute for Crisis Management-ICM, dos Estados Unidos, liberado dia 30/06/25. Essas crises representaram 21,48% de todos os registros constantes na mídia no ano passado, que, segundo o Relatório, chegaram a 1 milhão 134 mil casos.
“Esta categoria voltou com força total no relatório deste ano, um número não visto desde 2018", diz o Relatório. Durante os anos de pandemia de 2020 a 2023, os erros de gestão não apareciam com alta incidência no levantamento anual do ICM, disfarçados ou minimizados pela gravidade dos efeitos da Covid-19. Um dos motivos pelo qual esse índice caiu na pandemia foi porque o ICM considerou a tragédia ocasionada pelo vírus da Covid-19 como ‘catástrofe’, o que elevou sensivelmente o percentual dessa crise.
Leia mais...A revista Time publicou esta semana uma espécie de Q&A sobre o Brexit, tentando explicar em rápidas palavras o imbróglio em que o Reino Unido se meteu, ao propor um plebiscito, lá em 2016, para os britânicos escolherem se deveriam ou não sair da União Europeia. Era uma aposta de David Cameron, então primeiro-ministro, que o plebiscito resolveria de vez os problemas que ele enfrentava de cobranças, sobretudo da oposição, sobre a necessidade de a Inglaterra fazer parte da União Europeia. Os britânicos, como alguns poucos países da Europa, mantiveram a circulação da própria moeda, apesar do Euro ser a moeda oficial da UE.
O resultado inesperado do plebiscito saiu de uma campanha bem orquestrada pelos “contra”, que teve ampla receptividade por eleitores mais velhos, do interior, que foram em massa votar. Por uma pequena margem, os britânicos optaram pela saída da União Europeia. Quando a ficha caiu sobre qual seria o ônus dessa aventura, já era tarde. E desde então, o governo britânico vem discutindo a forma como se dará esse divórcio. A dificuldade de Thereza May para acertar uma saída honrosa e menos onerosa para o Reino Unido pode lhe custar o cargo.
Ano Novo, governo novo. No momento em que dezenas de políticos e executivos são convidados e se preparam para assumir cargos no novo governo, é bom prestar atenção nos contatos com a imprensa, com o Congresso, políticos ou até reuniões públicas para não falar bobagem. Muita gente nessa hora ficou com a carreira marcada por frases ou opiniões polêmicas que escaparam em momentos de cochilo com interlocutores.
“Segundos antes de um armistício formalmente terminar a Primeira Guerra Mundial, em 11 de novembro de 1918, o Pvt. Henry Nicholas Gunther, um soldado americano de Baltimore, montou uma carga final de um homem contra um ninho de metralhadora alemão, no nordeste da França.
O jornal britânico The Guardian resumiu bem o episódio de ontem que aconteceu durante entrevista de rotina do presidente Trump, na Casa Branca. ‘Foi um outro dia selvagem em Washington, quando Donald Trump e a Casa Branca se atacaram, durante explicações sobre os grandes contratempos eleitorais do presidente.” Basta o presidente não gostar de uma pergunta e ele desqualifica o entrevistador, defende-se com evasivas, transformando tudo numa simplória classificação de ”fake news”. Uma forma deselegante e esquiva de não responder a questões complicadas.
Em 5 de novembro de 2015, 40 bilhões de litros de lama escorregaram morro abaixo e invadiram um pequeno vilarejo chamado Bento Rodrigues, em Mariana-MG. O rompimento da barragem da mineradora Samarco, um joint venture da mineradora brasileira Vale e a anglo-australiana BHP Biliton se transformou na maior tragédia socioambiental do País e expôs um problema histórico, principalmente em Minas Gerais, que passa batido pela grande mídia e pelos órgãos fiscalizadores: o alto risco com que mineradoras tratam e armazenam os rejeitos de minério.
No último dia 20 de outubro, o jornal O Estado de S. Paulo publicou artigo de Mauro Rodrigues da Cunha, ex-conselheiro do Conselho de Administração da Petrobras. Por dois anos, de abril de 2013 a abril de 2015, o sr. Cunha foi testemunha, portanto, da transição da Petrobras de um período de sucesso para o início do caos, já que a partir de abril de 2014 a empresa mergulhou num processo de turbulência e denúncias sem precedentes, que culminou certamente na maior crise da história da estatal.