Em crise existencial, universidades começam a enfrentar a ameaça do ChatGPT
O uso da IA – Inteligência Artificial na elaboração de trabalhos e pesquisas nas universidades é um tema que tem suscitado discussões e dúvidas no ambiente acadêmico e na gestão da educação. Ele coloca em xeque o modo de produção do material científico elaborado por alunos e professores, que pode ser produzido a partir de um robô, em questão de minutos. Como avaliar teses, dissertações ou projetos produzidos na era do ChatGPT? Como saber até onde o trabalho acadêmico tem o dedo do autor ou o clique do robô? O jornal britânico The Times, na edição de 24/05/25, aborda esse tema extremamente controverso, que já está na pauta de muitas universidades e centros de pesquisa em todo o mundo. O artigo provoca reflexão e um debate que em algum momento todas as instituições de ensino deverão fazer, inclusive no Brasil. Destacamos os principais tópicos do artigo.
* Carlos Castilho
Esta é a pergunta que mais tenho escutado nos últimos dias durante conversas pela internet e em debates públicos ou de botequim. Impressiona a quantidade de brasileiros confusos e desorientados diante de uma batalha informativa que aumenta de intensidade a cada dia e cujo desfecho não é possível vislumbrar. É o drama vivido por pessoas que não vestiram nenhuma camiseta partidária e que sofrem as consequências de um turbilhão de versões e contra- versões difundidas freneticamente por uma imprensa que perdeu o senso de isenção.
O Brasil passa por um dos momentos mais delicados e perigosos de sua história. A geração nascida a partir dos anos 1940, para ficar nas últimas décadas, lembra de muitas outras crises institucionais, políticas e econômicas, mal conduzidas, e que tiveram consequências nefastas para o país. Talvez estejamos muito próximos de momentos semelhantes. O impasse em que nos encontramos, há pelo menos um ano, está convergindo para um desenlace histórico dos mais dramáticos, se não se encontrar uma saída nos próximos 60 dias.
Seria o caso de perguntar: como chegamos ao atual cenário de crise, não previsto nessa dimensão pelos mais hábeis analistas econômicos e políticos? Resposta: pela incapacidade do governo de gerenciar as crises que surgiram nos últimos anos. Pela dificuldade da presidente da República articular-se com o Congresso e montar equipes econômica e política de peso, com discernimento e capacidade para construir um projeto de país. Pela omissão de um Congresso patrimonialista e comprometido com grandes grupos, sem representatividade, que prefere não discutir temas polêmicos que possam ferir interesses corporativos. Com isso, ele anda na contramão das necessidades do país.
Quanto custa ao País e principalmente aos brasileiros o péssimo serviço de transporte público e a gestão do trânsito oferecidos pelos governos? Engarrafamentos monumentais, centenas de milhares de carros e ônibus nas ruas das grandes cidades. Poluição e desperdício de combustível. E milhões de brasileiros perdendo parte de sua vida para se locomover pela manhã e à noite por diferentes meios de transporte, quase sempre superlotados e desconfortáveis.
Oitenta por cento dos CEOs das principais empresas do mundo estão ligados nas redes sociais, atualmente. Seja através do site da empresa (68%), canal de YouTube (38%) ou uma rede social (28%) também da empresa, de acordo com auditoria realizada no fim do ano passado pela empresa de pesquisa PR Weber Shandwick.
*Francisco Viana
Os jornais contribuíram para a proclamação da Independência, para a definição da estrutura política e social; para a abdicação de d. Pedro I e seu retorno a Portugal; para a consolidação da Regência; para minar a Monarquia e instaurar a República; para acelerar a queda da Repúblida Velha; para derrubar Getúlio Vargas em 45 e para o seu suicídio em 1954; para o desgaste do governo Goulart e para a implantação de uma ditadura militar – papel de que se arrependeram tardiamente. (Matías Molina, História dos jornais no Brasil, p. 22).
O que é simples e aberto não tem truques. (Shakespeare, Júlio César, II, 20).