´Ozempic natural´, vapes e outras trends que ameaçam a saúde pública
Isabela Pimentel*
É natural, pode usar’. Quantas vezes não vemos posts e conteúdos assim em nossos feeds?
A recomendação de produtos ‘milagrosos’ por perfis de influenciadores em algumas redes sociais não é novidade, mas vem crescendo e fazendo o tema ganhar destaque nas ‘trends’, ou seja, assuntos que se tornam virais nas redes e plataformas sociais. E isso inclui desde fórmulas até os chamados cigarros eletrônicos, tão populares entre influenciadores jovens.
Leia mais...Barragem estoura no Piauí, depois de vistoria. Presidente do Senado se desculpa por ter recebido auxílio-moradia. Ministro do Meio Ambiente bate boca pela imprensa e tromba com ruralistas e colegas de ministério. Conversa dos presidentes Lula e Chaves vaza. Multinacional do esporte faz festa em templo nazista. Petrobras cochilou e CPI pauta imprensa sobre negócios da empresa. Finalmente, o pior que pode acontecer a uma empresa aérea, um acidente de grandes proporções: a tragédia do AF 447.
O 12º Congresso Brasileiro de Comunicação Corporativa, que terminou dia 29 de maio, em S.Paulo, realizado pela Mega Brasil Comunicação, destacou as redes sociais (blogs, orkut, twitter, myspace, facebook, etc.) e os cuidados com a marca e a reputação como o grande desafio dos comunicadores.
Claro que não foi no Brasil. A crise do Parlamento britânico, com denúncias de gastos irregulares de verbas extrassalariais e auxílios-moradia, levou o presidente da Câmara dos Comuns, Michael Martin, a renunciar. Sua conta de reembolsos inclui até uma cadeira de massagem de mil dólares. Numa imitação grotesca do deputado brasileiro Sérgio Moraes, ele também se lixou para a opinião pública, ao dizer que não tinha cometido erro algum e que, ao contrário de colegas, não iria devolver dinheiro aos cofres públicos.
A televisão deixou de ser o principal meio de entretenimento dos brasileiros. Assistir a filmes em casa e navegar na internet são as principais formas de lazer para mais da metade dos brasileiros. Enquanto nos EUA, na Inglaterra, Alemanha e no Japão, a TV ainda tem mais de 66% de preferência, como entretenimento, no Brasil esse índice é de 46%.
O Brasil é um país realmente incrível. Quando todo mundo deveria aplaudir a diretoria da Infraero por tomar uma atitude que demorou muito tempo para ser tomada, os padrinhos dos apadrinhados fazem muxoxo e vão chorar suas mágoas no Planalto.
A recente discussão entre o presidente do STF e o ministro Joaquim Barbosa não teria tanta repercussão, se tivesse acontecido há 20 anos, quando a mídia eletrônica era incipiente. O poder de disseminação das imagens por meio da TV e dos sites eletrônicos maximizou o acalorado confronto. A ponto de as torcidas e até a mídia se dividirem a favor do presidente do STF ou do ministro Joaquim Barbosa.